segunda-feira, 21 de março de 2011

Pilates Parte 1

Pilates
Parte 1




IMPORTANTE: Este é um guia com orientações para a realização de alguns exercícios do Método Pilates Solo. Para uma prática mais adequada e seguro sugiro acompanhamento de um profissional especializado.

Exercício 1: SHOULDER BRIDGE


AB

Posição Inicial (A):
Em decúbito dorsal (deitado sobre as costas), braços ao longo do corpo, joelhos e quadris flexionados. Coluna neutra
Movimento (B):
Inspirar para preparar. Expirar e articular a coluna em flexão até a extensão dos quadris. Inspirar e, expirando, articular a coluna de volta para o solo, recolocando uma vértebra por vez.
Objetvo: Fortalecimento de paravertebrais e glúteos.

            Exercício 2: LEG CIRCLES

A 
B1 
B2

Posição Inicial (A):
Em decúbito dorsal, braços ao longo do corpo, joelho esquerdo flexionado com a planta do pé no solo, joelho direito estendido. Coluna neutra.
Movimento (B1 e B2):
Inspirar para preparar. Expirar subindo a perna direita até o limite de flexibilidade que não interfira na estabilidade da coluna. Faça círculos para fora mantendo a flexão plantar.
Objetvo: Fortalecimento de Reto Femural, Iliopsoas, Sartório, TFL, Pectínio, Glúteo Médio, Glúteo Mínimo, Adutor Magno, Adutor Longo, Grácil.


Exercício 3: SINGLE LEG STRETCH

A 

B


Posição Inicial (A):
Em decúbito dorsal. Joelho e quadril direito estendidos e elevados. Joelho e quadril esquerdos flexionados. Mão direita no joelho esquerdo e mão esquerda buscando o tornozelo esquerdo.
Movimento (B):
Inspirar para preparar o movimento com a coluna em flexão. Expirar invertendo a posição das pernas e dos braços. Repetir quatro vezes e, então, inverter o padrão respiratório.
Objetvo: Fortalecimento de Reto Abdominal e Oblíquos.


Exercício 4: HUNDRED



Posição Inicial (1a):
Em decúbito dorsal, braços ao longo do corpo ou estendidos ao lado da cabeça, quadris e joelhos flexionados a 90º.
Movimento (1b):
Inspirar para prepara. Expirar flexionando a coluna e estendendo os joelhos , sustentando a posição. Inspirar cinco vezes com a palma das mãos para cima e expirar cinco vezes com a palma das mãos para baixo. Repetir o padrão respiratório 10 vezes e retornar à posição inicial.
Objetvo: Fortalecimento de Reto Abdominal e Oblíquo Externo.

Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F
(31) 8828-4014


domingo, 13 de março de 2011

Lesão de LCA

Lesão de LCA



  • O que é o Ligamento Cruzado Anterior (LCA):
O joelho é a maior e mais complexa articulação do organismo e depende de um conjunto de ligamentos, músculos e tendões para funcionar apropriadamente. Há dois ligamentos localizados na região central do joelho, o ligamento cruzado anterior (LCA) e o ligamento cruzado posterior (LCP).
     O LCA conecta a tíbia ao fêmur e tem como função principal impedir o movimento de deslizamento da tíbia para frente, além de impedir a hiperextensão do joelho, limitar o varismo e valgismo e a rotação interna do joelho.

  • O que é a lesão do LCA:
A lesão é uma ruptura do ligamento, que mesmo de pequeno tamanho pode provocar sintomas como dor, inchaço, limitações de movimento e sensação de falseio e insegurança no joelho.

  • Como ocorre a lesão:
O mecanismo clássico de lesão do LCA é de uma torção com o pé fixo no solo, o que provoca uma deslocação da tíbia anteriormente em relação ao fêmur. Porém outros tipos de traumatismos também podem levar a lesões do LCA, principalmente durante a prática esportiva, um exemplo é a queda de um salto com o joelho em hiperextensão.


  • Sinais e sintomas mais freqüentes na lesão:
No momento da lesão, pode-se sentir ou até ouvir um estalo acompanhado de dor súbita, seguida de uma incapacidade de continuar a correr ou mesmo de apoiar o pé no chão.
Presença de dor e inchaço, principalmente, nas 24 horas iniciais pós-lesão. Esta dor e o inchaço tendem a diminuir e até mesmo a desaparecer, mas isso não significa que a lesão foi revertida. Caso o indivíduo retorne à sua prática esportiva após o fim desse sintoma doloroso e do edema há uma grande chance de piora da lesão.
Ocorre também perda de amplitude de movimento, dor à palpação da interlinha articular, principalmente se houver lesão associada de menisco, o que é muito comum de ocorrer. Há também, certo desconforto ao caminhar e sensação de que o joelho pode “sair do lugar”.

  • Como é feito o dignóstico:
O diagnóstico da lesão é clínico e por imagem. Ou seja, devido à dor, desconforto, edema o indivíduo acaba por procurar um fisioterapeuta e/ou médico. Estes, por sua vez, através da história do trauma /lesão do paciente, testes ortopédicos (como por exemplo o teste de gaveta anterior) gera hipóteses de diagnósticos que, se necessário, podem ser comprovadas através de um exame por imagem. A Ressonância Magnética e a Tomografia computadorizadas são os exames por imagem utilizados.

  • Tratamento:
O tratamento depende muito do nível da lesão (completa ou parcial), presença ou não de lesões associadas (ex: menisco), dos sintomas do paciente e da função que o indivíduo desempenha (atleta ou não).
Lesões parciais em indivíduos que não são atletas, em indivíduos idosos ou em indivíduos que tem um nível de atividade baixo normalmente são tratadas com fisioterapia, visando melhorar a estabilidade do joelho e devolver função ao indivíduo.
Porém, quando se tem uma lesão completa, associada a lesão de menisco e ligamento Colateral Medial em indivíduos que são atletas ou que possuem uma vida bastante ativa, ou mesmo que o individuo não seja um atleta mas que a instabilidade gerada pela lesão prejudique seu dia a dia a intervenção cirúrgica é indicada.
Os índices de sucesso nas cirurgias de reconstrução de LCA têm mostrado que mais de 90% dos pacientes retornam aos esportes e atividades de vida diária sem sintomas de instabilidade no joelho. No procedimento cirúrgico o ligamento lesado é retirado e colocado outro, um enxerto, geralmente da mesma perna, utilizando os tendões do semitendíneo e grácil ou ligamento patelar e é preso por pinos.

  • Papel da Fisioterapia:
A fisioterapia possui um papel fundamental nas lesões do LCA, tanto na reabilitação do paciente operado, como no preparo para a cirurgia.
No pós-operatório, a reabilitação deverá seguir os seguintes passos:
- Diminuir edema e controlar a dor
- Ganho de ADM
- Fortalecimento
- Treino neuromuscular
- Agilidade
- Pliometria (capacidade de receber energia, absorver e transformar em movimento)
- Treino específico do esporte

Com o objetivo de:
Recuperar função
Estabilizar a articulação
Dar confiança
Voltar à atividade física
- recreacional
- ocupacional
- esportiva


Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F
(31) 8828-4014