domingo, 10 de julho de 2011

Fortalecimento do Quadril Melhora a Mecânica da Corrida

Exercícios Para Fortalecimento Do Quadril Melhoram A Mecânica Da Corrida E A Dor No Joelho


“Os resultados indicam que a intervenção (fortalecimento) foi bem sucedida na redução da dor, e, consequentemente na melhora da mecânica da corrida” disse Dierks, professor assistente de Fisioterapia da Escola de Saúde e Ciências da Reabilitação da Universidade Indiana Purdue – Universidade Indianápolis. “A perna está realizando o movimento completo, sugerindo que o mecanismo de proteção contra a dor foi reduzido, e a coordenação ou controle de muitos desses picos de angulação máxima da perna melhoraram”.
Somente nos últimos anos, os pesquisadores começaram a estudar o quadril como um possível contribuinte para dor patelofemural. Este estudo é o primeiro a avaliar a relação entre a força do quadril e as alterações durante a corrida prolongada.
Os corredores, no estudo de Dierks, não receberam nenhum treinamento ou orientação sobre a forma adequada de correr, o que torna as melhorias mais notáveis. A mecânica melhorada foi semelhante à de corredores livres da dor, quando músculos, articulações e os membros se moveram economicamente e em sintonia uns com os outros.

Sobre o estudo:

O estudo envolveu quatro corredoras e um grupo controle, composto por outras quatro corredoras. Foram realizadas medidas de força do quadril e dados cinemáticos mensurados por minuto de como se moviam os quadris, joelhos e tíbias enquanto elas corriam. As medidas foram realizadas antes e após o programa de fortalecimento e o grupo controle continuou mantendo seu treinamento normal durante as 6 semanas da pesquisa.
Os exercícios, realizados duas vezes por semana por cerca de 30 a 45 minutos, envolveram agachamento unipodal e exercícios com uma faixa de resistência, todos os exercícios podiam ser realizados em casa.
Após o programa de seis semanas, o movimento dos quadris e joelhos melhoraram para ambos os grupos de corredoras em relação aos movimentos avaliados anteriormente demostrando aumento nos ângulos das articulações entre o pé, a tíbia e a coxa.
O estudo usou uma escala de dor de 0 a 10, com 3 representando o início da dor e 7 representando uma dor muito forte – momento em que os corredores param de correr devido à intensidade do quadro álgico.
Os corredores lesionados começaram o programa com registro de 7 pontos na escala de dor quando correram em uma esteira e terminaram o programa relatando o nível de dor de 2 pontos ou menos.
A dor patelofemural, uma das disfunções mais comum em corredores, é causada quando o fêmur entra em atrito com a patela. Corredores com a dor petelofemural geralmente não sentem dor quando começam a correr. Assim que interrompem o treinamento a dor desaparece quase imediatamente. Dierks disse que estudos indicam que na dor patelofemural essencialmente, a cartilagem se desgasta e pode ter o mesmo efeito da osteoartrite. Os participantes do estudam mostraram que um dos sinais clássicos da dor patelofemural é o colapso articular quando o joelho fica posicionado mais anteriormente durante as atividades de corrida ou durante o exercício de agachamento.

Fonte:
  • Universidade de Indiana

Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F



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