quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Síndrome de Hoffa / Hoffite

Síndrome de Hoffa / Hoffite


·        O que é:

A famosa dor na região anterior do joelho é frequentemente atribuída a patologias conhecidas como: dor Patelo-Femural ou Condromalácea Patelar. Uma vez que essas patologias não são diagnosticadas no exame físico e clínico, uma segunda causa pode ser a Síndrome de Hoffa ou Hoffite.
A Síndrome de Hoffa é caracterizada pelo desenvolviemntos de alterações inflamatórias crônicas da gordura infra-patelar hipertrofiada. Essa gosrdura fica nos espaços fêmur-tibial e fêmur-patelar, logo atrás do tendão patelar.

·        Causas:

As suas causas variam, podendo ser desde um trauma direto na região anterior do joelho contra uma superfície dura inflamando assim a Hoffa, ou até mesmo traumas repetitivos da patela contra o fêmur que é comum de ocorrer em corredores e indivíduos que possuem a patela mais alta.

·        Sintomas:

Os sintomas comuns de ocorrerem são: dor anterior no joelho, dificuldade para estender o joelho, dor ao toque na região inferior da patela e dificuldade na prática de esportes que exigem explosão muscular e velocidade.

·        Tratamento:

O tratamento consiste em diminuir o processo inflamatório, seja pelo uso de remédios prescritos pelo médico e/ por condutas fisioterápicas como: alongamento da musculatura que age no joelho, tanto o músculos anteriores quantos os posteriores do membro inferior afetado, além de retorno gradual à prática esportiva.
Em casos mais crônicos, alguns pacientes optam pelo tratamento com uso de TOC, ou seja, Terapia por Ondas de Choque,mas neste caso deve haver um acompanhamento direto com um profissional especializado.


Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F
(31) 8828-4014



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL / ENCEFÁLICO

AVC / AVE
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL / ENCEFÁLICO


  • Conceito de AVC e AVE:
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) são a mesma coisa, porém, a denominação AVE é mais atual e deve ser, prioritariamente usada. Assim sendo, o AVE, popularmente conhecido como derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito, que pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia.
O AVE isquêmico é o mais comum, ocorre devido a um bloqueio, geralmente, por placas de gorduras em artérias que levam sangue para o cérebro. O fornecimento de sangue para uma determinada região do cérebro fica prejudicado e a disponibilização de oxigênio e nutrientes para o tecido nervoso é comprometido, ocasionando uma lesão.


Uma outra forma de AVE isquêmico é o Ataque Isquêmico Transitório (AIT) que clinicamente, corresponde a uma isquemia passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequela. É um episódio súbito de deficit sanguíneo em uma região do cérebro com manifestações neurológicas, que se recuperam em minutos ou em até 24 horas. Constitui um fator de risco muito importante, visto que, uma elevada porcentagem dos pacientes com AIT apresentam um AVC nos dias subsequentes.
E a outra forma de AVE é o hemorrágico, que é menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que afeta determinada função cerebral.

  • Locais de ocorrência das lesões:
O sistema nervoso central todo pode ser acometido por esta doença e ele inclui, além do cérebro, o tronco encefálico e o cerebelo Dependendo da região atingida, os sintomas e as sequelas são diferentes.
Assim o lobo frontal está mais ligado às decisões e movimentos, o parietal com os movimentos e a sensibilidade do pescoço para baixo e com parte da fala e o occipital com a visão. O cerebelo está ligado com o equilíbrio e o tronco cerebral com a respiração e os movimentos e sensibilidade do pescoço para cima. Claro que isto é uma explicação básica e deve-se ter em mente que todo sistema nervoso está interligado podendo uma lesão em uma mínima parte ter grandes repercussões no todo e suas implicações e a localização da lesão podem ser difíceis de diagnosticar, devendo a pessoa acometida ser avaliada por um médico.

  • Diagnóstico:
O diagnóstico do AVE é obtido através dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente e por exames de imagem, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVE.
A agilidade no atendimento do paciente que acabou de ter um AVE é de extrema importância para a  sua vida e recuperação.

  • Sintomas e Identificação:
    • Sinais que precedem um derrame:
      • Cefaleia intensa e súbita sem causa aparente.
      • Dormência nos braços e nas pernas.
      • Dificuldade de falar e perda de equilíbrio.
      • Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna do lado esquerdo ou direito do corpo.
      • Alteração súbita da sensibilidade, com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo.
      • Perda súbita de visão em um olho ou nos dois.
      • Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar palavras ou para compreender a linguagem.
      • Instabilidade, vertigem súbita e intensa e desequilíbrio associado a náuseas ou vômitos.
    • Como identificar um AVE:
      • Pedir, em primeiro lugar, para que a pessoa sorria. Se ela mover sua face só para um dos lados, pode estar tendo um AVE.
      • Pedir para que que levante os braços. Caso haja dificuldades para levantar um deles ou, após levantar os dois, um deles caia, procurar socorro médico.
      • Dê uma ordem ou peça que a pessoa repita alguma frase. Se ela não responder ao pedido, pode estar sofrendo um derrame cerebral.

  • Fatores de Risco:
o       Hipertensão arterial: é o principal fator de risco para AVE.
o       Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca, em especial as que produzem arritmias, podem determinar um AVE.
o       Colesterol: o colesterol é uma substância existente em todo o nosso corpo, presente nas gorduras animais; ele é produzido principalmente no fígado e adquirido através da dieta rica em gorduras. Seus níveis alterados, especialmente a elevação da fração LDL (mau colesterol, presente nas gorduras saturadas, ou seja, aquelas de origem animal, como carnes, gema de ovo etc.) ou a redução da fração HDL (bom colesterol) estão relacionados à formação das placas de aterosclerose que podem entupir as artérias.
o       Tabagismo: o hábito é prejudicial à saúde em todos os aspectos. O fumo acelera o processo de ateroesclerose.
o       Consumo excessivo de bebidas alcoólicas: quando isso ocorre por muito tempo, os níveis de colesterol se elevam; além disso, a pessoa tem maior propensão à hipertensão arterial.
o       Idade: quanto mais idosa uma pessoa, maior a sua probabilidade de ter um AVE. Isso não impede que uma pessoa jovem possa ter.
o       Obesidade: aumenta o risco de diabetes, de hipertensão arterial e de aterosclerose; assim, indiretamente, aumenta o risco de AVE.
o       Malformação arteriovenosa cerebral: distúrbio congênito dos vasos sangüíneos do cérebro nos sítios onde exista uma conexão anormal entre as artérias e as veias.

  • Tratamento:
O AVE é uma emergência médica e possui tratamento se o paciente for rapidamente encaminhado para um hospital adequado. O tratamento do AVE isquêmico já utilizado em todo o mundo há pelo menos 10 anos é realizado com medicamentos trombolíticos, que possuem a propriedade de dissolver o coágulo sanguíneo que está obstruindo a artéria cerebral, causando a isquemia. Atualmente, o único trombolítico aprovado para ser utilizado na fase aguda do AVE isquêmico é o rTPA (alteplase). Este medicamento pode ser administrado por via endovenosa nas primeiras 4,5 hora do início dos sintomas. Após essa fase inicial de instalação, a trombólise pode não ser mais eficiente, e pode ser perigosa por causar uma reperfusão de um tecido necrótico, transformando o AVE isquêmico num acidente hemorrágico, que pode levar à morte ou sequelas mais graves.




  • Fisioterapia no AVE:
A reabilitação após o AVE significa ajudar o paciente a usar plenamente toda sua capacidade, a reassumir sua vida anterior adaptando-se a sua atual situação.
O fisioterapeuta irá ajudar o paciente a entender o que lhe aconteceu e a responder eficientemente à medida que o mesmo tente se adaptar. Serão introduzidas atividades de mobilidade que fará o paciente libertar-se de "medos" e "inseguranças" causados pelo desequilíbrio corporal. Serão realizados exercícios de fortalecimento e alongamento muscular, treino de equilíbrio e estímulos da sensibilidade.
Muitas atividades fisioterapêuticas que começaram durante o início da recuperação, são apropriadamente modificadas para desafiar e fazer com que o paciente possa progredir até sua recuperação. Serão enfatizadas combinações motoras que permitem a concretização das tarefas alimentares, higiênicas, locomoção e outras tarefas funcionais.

Durante o início da recuperação objetivamos principalmente:

- minimizar os efeitos das anormalidades de tônus;
- manter uma ADM normal e impedir deformidades;
- melhorar as funções respiratórias e motoras;
- mobilizar o paciente nas atividades funcionais iniciais envolvendo mobilidade no leito, o ato de sentar, transferências...;
- impedir o descondicionamento;
- promover a conscientização corporal, movimentação ativa e uso do lado hemi;
- melhorar controle de tronco e equilíbrio na posição sentada;
- iniciar as atividades de cuidados pessoais.

O programa fisioterapêutico precoce, intensivo, eficaz, é sempre necessário, importante e principalmente capaz de prevenir as possíveis complicações, aumentando assim, a expectativa e a qualidade de vida do paciente mais próxima do normal.



Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F
(31) 8828-4014

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional


·        O que é e como ocorre o Diabetes Gestacional:
Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes engravida ou o aparecimento do diabetes gestacional em mulheres que antes não apresentavam a doença. "O diabetes gestacional é a alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é diagnosticada, pela primeira vez, durante a gravidez. Pode atingir até 7% das grávidas, mas não impede uma gestação tranqüila, quando é diagnosticado precocemente e recebe acompanhamento médico, durante a gestação e após o nascimento do bebê", explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Apesar do diabetes gestacional ser considerado uma situação de gravidez de alto risco, os cuidados médicos e o envolvimento da gestante possibilitam que a gestação corra tranqüilamente e que os bebês nasçam no momento adequado e em boas condições de saúde.
Várias são as mudanças metabólicas e hormonais que ocorrem na gestação. Uma delas é o aumento da produção de hormônios, principalmente o hormônio lactogênio placentário, que pode prejudicar - ou até mesmo bloquear - a ação da insulina materna. Para a maioria das gestantes isso não chega a ser um problema, pois o próprio corpo compensa o desequilíbrio, aumentando a fabricação de insulina. Entretanto, nem todas as mulheres reagem desta maneira e algumas delas desenvolvem as elevações glicêmicas características do diabetes gestacional. Por isso, é tão importante detectar o distúrbio, o mais cedo possível, para preservar a saúde da mãe e do bebê.
"O tratamento do diabetes gestacional tem por objetivo diminuir a taxa de macrossomia – os grandes bebês filhos de mães diabéticas – evitar a queda do açúcar do sangue do bebê ao nascer e diminuir a incidência da cesareana”, explica a médica. Para a mãe, além de aumento do risco de cesareana, o diabetes gestacional pode estar associado à toxemia, uma condição da gravidez que provoca pressão alta e geralmente pode ser detectado pelo aparecimento de um inocente inchaço das pernas, mas que pode evoluir para a eclâmpsia, com elevado risco de mortalidade materno-fetal e parto prematuro.
Diante de tantos riscos potenciais, é essencial que as futuras mamães façam exames para checar a taxa de açúcar no sangue durante o pré-natal. "As grávidas devem fazer o rastreamento do diabetes entre a 24ª e a 28ª semana de gestação", diz a endocrinologista. Mulheres que integram o grupo de risco do diabetes devem fazer o teste de tolerância glicêmica, antes, a partir da 12ª semana de gestação. "Os exames são fundamentais para um diagnóstico preciso, porque os sintomas da doença não ficam muito claros durante a gravidez. Muitos sintomas se confundem com os da própria gestação, como vontade de urinar a todo momento, sensação de fraqueza e mais apetite", recomenda Ellen Paiva.

·        Importância da Terapia Nutricional:
Diagnosticado o diabetes gestacional, a gravidez precisa ser cercada de novos cuidados. "O controle da alimentação, por exemplo, deve ser feito com a ajuda de um profissional capacitado. Dietas mal elaboradas podem interferir no desenvolvimento do feto. Dietas abaixo de 1200 Kcal/dia ou com restrição de mais de 50% do metabolismo basal não são recomendadas, pois estão relacionadas com desenvolvimento de cetose", diz a médica.
A terapia nutricional é um aliado importante. Para muitas mulheres é suficiente para manter a glicemia dentro dos valores recomendados pelo médico. "Na gravidez, a mulher deve ganhar um mínimo de peso, em geral entre 10 e 12 quilos, para mulheres que estão com o peso adequado. Suas escolhas alimentares devem ser saudáveis. Será necessário relembrar os conhecimentos básicos de nutrição. Por isso, a orientação de um nutricionista é recomendável", explica Ellen Paiva.
          Dentre os objetivos da terapia nutricional deve constar, também, um limite para ganhar peso, recomendado às mulheres obesas. Isso é imprescindível, porque é mais freqüente que mulheres obesas desenvolvam diabetes durante a gestação. "O ganho de peso máximo recomendado para essa situação é de mais ou menos 7kg”, diz a diretora do Citen. A dieta pode ser acompanhada de exercícios leves como nadar ou caminhar.



·        Terapia com Insulina:
Caso haja dificuldade para atingir resultados satisfatórios do controle da glicemia somente com a dieta, há ainda a terapia insulínica, como uma alternativa de tratamento. "O tratamento com insulina está, em geral, indicado quando as taxas de glicose em jejum ficam acima de 105 mg/dl e as taxas de glicose medidas 2 horas após as refeições acima de 130 mg/dl", explica a endocrinologista Ellen Paiva.
É comum haver a necessidade de aumento das doses de insulina no final da gravidez, a partir do terceiro trimestre, porque a resistência à insulina, geralmente, aumenta neste período. No terceiro trimestre da gravidez, os níveis baixos de glicose que levariam à hipoglicemia são raros. Contudo, grávidas que usam insulina correm o risco de apresentar hipoglicemia. "Para prevenir os incômodos sintomas de uma crise de hipoglicemia, a gestante deve seguir o seu planejamento alimentar, respeitar os horários das refeições e fazer adequações necessárias em sua alimentação, quando for praticar algum tipo de exercício", recomenda a endocrinologista.

·        Papel da Fisioterapia:
Ao longo da história os benefícios de um estilo de vida mais ativo durante o período gestacional foram sendo reconhecidos, despertando o interesse de muitos profissionais da área de saúde. Escritos datados da época do Egito Antigo já referiam que as escravas tinham partos mais fáceis do que suas patroas, possivelmente por estarem mais aptas às exigências do parto. Já no século III a.C., Aristóteles observou que as mulheres sedentárias sofriam mais durante o parto, demorando a dar à luz, se comparadas às mulheres que continuavam trabalhando durante a gravidez. Atualmente, a prática de atividade física durante o ciclo gravídico-puerperal vem recebendo a merecida atenção de pesquisadores e profissionais que compõem a equipe obstétrica, no que diz respeito ao estudo das vantagens e dos riscos reais dos exercícios, quando comparado ao sedentarismo (Gardin & Artal, 1999; Ocanhas, 2003).
Assim sendo, o trabalho da fisioterapia durante a gravidez é benéfico tanto para a gestante com e sem o Diabetes Gestacional. Nesta última o tratamento fisioterápico visa manter a mulher ativa proporcionando um maior gasto energético, diminuindo os níveis elevados de glicose que ocorre nessa patologia. As atividades envolvem orientações multidisciplinares, atividades na piscina, caminhadas, exercícios com pequenas resistências, conscientização corporal e da região do períneo (região formada por músculos e pela bacia, tem a função de sustentação do assoalho pélvico), trabalho respiratório.



·        Controle da Doença:
Após o parto, geralmente o diabetes desaparece, mas essas pacientes têm grande risco de sofrerem o mesmo transtorno em gestações futuras e 20-40% de chance de se tornarem definitivamente diabéticas nos próximos 10 anos. "Além das complicações no pós-parto imediato, estudos demonstraram que os fetos macrossômicos têm risco aumentado de desenvolverem obesidade e diabetes durante a adolescência, por isso, os cuidados com a alimentação prosseguem após o parto, para mãe e filho", recomenda Ellen Paiva.
A prática de uma atividade física supervisionada também gera grandes benefícios para essas mulheres, mantendo-as ativas, com humor elevado, níveis controlados de glicose e auxiliando no controle do peso. Sempre lembrando que deve-se respeitar o tempo mínimo de recuperação pós parto, que é diferente de um parto normal para um cesárea.
Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F
(31) 8828-4014
Fontes:
1.      GARDIN, S.K., ARTAL, R. Perspectivas Históricas. In: ARTAL, R., WISWELL, R.A., DRINKWATER, B.L. O Exercício na Gravidez. 2ed. São Paulo: Manole, 1999, p.1-7.
2.      OCANHAS, M.C.B. O Papel da Fisioterapia. Revista Gravidez & Gestação. São Paulo: Ed. Minuano, n.1, ago.2003.
3.      Dra. Ellen Simone Paiva: Médica especializada em endocrinologia e nutrologia. Mestre em Medicina na área de nutrição e diabetes pela USP. Titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, SBEM e da ABRAN, Associação Brasileira de Nutrologia. Diretora clínica do CITEN - Centro Integrado de Terapia Nutricional.



Varizes na Gravidez


Varizes na Gravidez


            A gravidez é um momento especial na vida da mulher. Apesar disso, existem alguns inconvenientes relacionados à gravidez que devem ser tratados com atenção. Um deles é justamente o surgimento ou mesmo o agravamento das varizes, muito comum após o quinto mês de gestação.
            Para evitar tal problema, a grávida deve procurar não permanecer muito tempo sentada ou em pé. Isto porque, durante a gestação, a mulher tem uma maior retenção de líquidos, a compressão abdominal pelo útero que comporta o feto e ação hormonal que dificultam o retorno do sangue das pernas para o coração, fazendo com que haja o surgimento das varizes.
Assim sendo, a mulher grávida deve sempre estimular a circulação sanguínea, para isso, ela deve posicionar, por várias vezes ao longo do dia, as pernas em um nível mais alto que o da cabeça e realizar movimentos circulares e movimentos ”para cima” e “para baixo” com os pés (para um maior esclarecimento favor ler também o tópico “Varizes” neste Blog). O uso de meias compressivas também deve ser feito quando prescrita por um médico.
A alimentação adequada também é importante neste período. Mantendo uma dieta equilibrada, a mulher grávida não corre o risco de engordar em excesso e nem fará esforço adicional sobre os vasos sanguíneos, diminuindo as chances de ocorrência de varizes.

Super Dica:

Uma forma muito interessante de se melhorar a circulação do sangue nas pernas, diminuindo as chances de ocorrência das varizes e proporcionando um maior contato da grávida com seu parceiro e vice-versa é através da massagem para os membros inferiores que pode ser realizada da seguinte forma:
O ambiente deve ser tranqüilo, bem arejado e com luminosidade branda. É importante que tal massagem seja algo prazeroso para ambos, caso contrário fará mais mal do que bem.
A grávida deve estar deitada sobre uma superfície macia, com a coluna reta, as pernas apoiadas sobre travesseiros ou sobre uma cunha (espécie de almofada em formato triangular, comumente encontrada em lojas que vendem colchões ou em lojas que vendem produtos para Fisioterapia) de modo que as pernas e os pés fiquem mais altos que a cabeça.
O parceiro pode usar um creme ou um óleo (sugestão de óleo caseiro: misturar 10 gotas de óleo cypress, 5 gotas de óleo juniper, 10 gotas de lavanda, 5 gotas de camomila com 100ml de óleo de amêndoa doce) espalhando-o pelos pés e perna da sua parceira. Realizar movimentos, com leve pressão, utilizando a curva das mãos, sempre dos pés em direção ao tronco. Separe a massagem por regiões, comece nos pés, realizando de 5 a 8 repetições, depois passe para as pernas e, por último, coxa (5 a 8 repetições nas pernas e mais 5 a 8 nas coxas). Realize primeiro em um membro e, depois, no outro.
IMPORTANTE: O contato das mãos do parceiro só deve ocorrer na direção dos pés para o tronco da gestante. Não deve haver deslizamento da mão do parceiro no sentido tronco para os pés!!!



Rafael Rabelo Mendes
Fisioterapeuta
CREFITO 4 Nº 118117 F
(31) 8828-4014